Tipologia maligna

Não conhecem o caminho da paz, nem há justiça nos seus passos; fizeram para si veredas tortuosas; todo aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz.
Isa 59, 8
Desde o início da pandemia do Covid eu — que tenho WhatsApp para amigos, família e trabalho — recebi várias mensagens e vídeos de como a pandemia mudaria o mundo, nos tornando pessoas melhores.
Sempre ignorei tais mensagens, simplesmente pelo fato que acredito — com raras exceções — que o ambiente não molda nem muda caráter e principalmente, que situações adversas — também, com raras exceções — fazem aflorar o que há de pior nas pessoas.
E isso aconteceu a olhos vistos, ao redor do mundo!
Mas vamos falar sobre nossa situação:
Pessoas boas, como já dissertei em vários posts e artigos, são simplesmente pessoas boas, que ajudam a medida que encontram necessitados de ajuda, em compensação, as de índoles ruins, são ruins 24 horas por dia — ao menos em pensamento — só esperando a oportunidade de agir.
Aqui, apesar de não ser especialista no assunto — seria legal ter uma opinião avalizada — creio visualizar alguns tipos distintos dessas pessoas ruins.
Os aproveitadores, aqueles que se aproveitam da desgraça alheia para se dar bem — corruptos, ladrões, enganadores e usurpadores;
Os tiranos, aqueles que gostam de mostrar que tem poder, que mandam e desmandam de acordo com seu humor, ou conforme a calça que lhe aperta.
Os sádicos, aqueles que gostam de usar do poder que pensam que têm, para ter o prazer de maltratar o próximo, quase como se isso lhes desse satisfação na vida;
E os megalomaníacos, aqueles que se acham com sabedoria celestial — quase deuses — incumbidos de transformar à terra no que suas mentes doentias imaginam ser o “paraíso”;
E por último, temos a estranha variações de duas ou de todas as citadas acima!
Na questão dos dois primeiros casos: aproveitadores e tiranos, não vou me aprofundar muito: hoje, temos três casos específicos, governadores, prefeitos e parlamentares da oposição.
Entre governadores e prefeitos temos uma divisão clara entre os aproveitadores e os tiranetes — como bem diz o Fiuza — e aqueles enquadrados na última opção que é, a mistura de corruptos e tiranos, e entre os parlamentares, os corruptos e os que querem criar o caos no governo, se aproveitando da situação, para voltarem a velha prática.
Porém, aqui, quero me prender ao que penso serem os casos mais emblemáticos — lembrando sempre, que não sou especialista, sendo apenas uma impressão e uma opinião pessoal.
Na questão do sádico, vejo a figura do truculento, que alguns podem até dizer se tratar de ativismo político por ter alvo específico e decisões grotescas, porém, gostaria de lembrar que ele é normalmente usado por terceiros para “sujar as mãos” — que parecem já ter percebido essa sua tendência — quando precisam de um cão de caça — sendo que ele mesmo, o truculento, nunca ter dado opinião sobre política.
Não tenho nenhuma dúvida, que se marcarem o alvo em qualquer político de qualquer partido, o truculento agirá da mesma maneira que age contra suas vítimas de hoje, agindo com o mesmo sádico prazer!
Agora, o pior deles, é o tipo iluminado!
Esse, se enquadra no quesito megalomaníaco, o deus supremo que vai iluminar o mundo com seus pensamentos — deus de toda humanidade, não aceita ser contrariado — e não mede esforços para isso.
Quer resolver questões como aborto, drogas, sexualidade e principalmente te dizer como você deve viver sua vida, a quem deve odiar, a quem amar, como falar, qual religião seguir e até em, qual ciência acreditar.
A título de exemplo, no dia 19/08, durante sessão do TSE, o iluminado Ministro Barroso, disse ao cumprimentar o Ministro Luís Salomão — que ordenou o bloqueio de repasse de dinheiro de redes sociais a canais conservadores — pois “posições anticientíficas levam à morte”!
O que seria para o iluminado, posições anticientíficas?
A ciência não é um ser supremo — assim como o iluminado pensa — a ciência é um amontoado de: “por quês”, “tem consequências?”, “é possível?” e “vamos testar”!
Tenho a impressão, que pela declaração do iluminado Ministro Barroso, vivesse ele no século XVI, jamais permitiria que o Rei da Espanha Carlos 5º que financiou, e principalmente o navegador Fernão de Magalhães que circum-navegou o mundo, contrariasse a ciência da época, provando que Pitágoras estava certo, quando cogitou — também contrariando outros — que o mundo era esférico.
A ciência nunca foi um “2 + 2” e está longe de provar muitas realidades em definitivo, pois está mudando nossas vidas e conceitos a todo instante!
Adilson Veiga
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